Fabrício Monteiro Neves

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2001), mestrado em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2004) e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009). Foi vice- presidente da Associação Brasileira de estudos das ciências e das tecnologias (ESOCITE.Br), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade de Brasília (UNB) e chefe do departamento de sociologia da Universidade de Brasilia (UNB). Na mesma universidade foi tutor do PET-Sociologia. Também foi editor adjunto e editor chefe da Revista Sociedade & Estado. Tem experiência na área de Sociologia da ciência, do conhecimento, sociologia ambiental e teoria social com ênfase em teoria dos sistemas sociais. Atua principalmente nos seguintes temas: Produção do conhecimento e diferença centro/periferia; tecnologia e sociedade; hierarquias científicas; internacionalização da ciência. É o atual presidente da Associação Brasileira de estudos das ciências e das tecnologias (ESOCITE.Br) Bolsista de produtividade CNPq.

Filiação institucional

Professor no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB)

Projeto de pesquisa atual

O presente projeto busca investigar as expectativas, os valores e as práticas de pesquisadores da área de energia no Brasil e como elas interferem em suas estratégias de internacionalização. Considera-se que valores são fundamentos subjetivos para as expectativas de pesquisa e, como tais, interferem nas práticas. Em específico, para fins desse projeto, enfatiza-se valores que operam hierarquizando locais de ciência e produtos do conhecimento científico. Tais valores, sintetizam-se na diferença centro e periferia, manifestando-se como excelência científica/ inferioridade, ciência de fronteira/ atraso, relevância científica/ irrelevância, impacto científico/ insignificância. Alguns estudos apresentam a ciência brasileira se descrevendo como periferia em áreas como bioenergia (NEVES, 2020) e biomedicina (FERREIRA, 2019), mesmo quando se fala de pesquisas em áreas de fronteira da ciência e tecnologia. A hipótese deste trabalho é que tais elementos valorativos, articulados com expectativas e práticas de pesquisa, criam um perfil para a área em questão, caracterizado por dinâmicas de periferização ou centralização e, consequentemente, interferem nas estratégias de internacionalização. Trata-se de investigação a ser desenvolvida a partir de grupos de pesquisa de referência no cenário científico nacional e internacional, a saber, Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Petrobrás e a Universidade de São Paulo. A pesquisa se utilizará de um conjunto de técnicas qualitativas para acessar o núcleo dos valores científicos, expectativas e as práticas dos pesquisadores, valendo-se principalmente de entrevistas semiestruturadas com líderes dos grupos e pesquisadores.

Áreas de Atuação

Sociologia da ciência

Sociologia do conhecimento

Teoria social

Cursos e disciplinas

Sociologia do conhecimento

Sociologia da ciência

Sociologia ambiental

Política científica e tecnológica